Por Bajonas Teixeira
A Globo e a Folha, diante da enorme repercussão de mais um atentado a tiros contra Lula e seus apoiadores, fizeram matérias sobre as ameaças relatadas pela advogada Márcia Koakoski, ferida no atentado. Tanto a Globo quanto a Folha, contudo, numa estratégia que parece ter sido combinada, de tão semelhante, limparam os fatos de qualquer referência ao nome de Bolsonaro.
É exatamente este silenciamento criminoso quando o assunto é informar corretamente o público, esse corte à ponta de faca dos fatos para se encaixarem nos interesses da mídia, que aduba o solo em que cresce o terrorismo da direita fascista. É o incentivo e o combustível que os leva a ousadias cada vez maiores. Ou seja, é a cobertura e a proteção oferecidas para novas façanhas.
O relato da advogada Marcia Koakoski da Silveira, testemunha dos acontecimentos e ferida por um dos tiros, contém a seguinte passagem (Ver o vídeo abaixo): “Quando fui ao banheiro, é que começou o confronto entre os vigilantes e os bandidos vestidos de Bolsonaro. Eles gritavam o tempo todo ‘Bolsonaro, presidente'”,
As versões do mesmo fato na Folha e em O Globo censuram essa passagem, deixando apenas a parte do relato que não faz qualquer referência ao nome do Bolsonaro. Nas duas reportagens, nenhuma menção, direta ou indireta, é feita ao nome de Jair Bolsonaro.